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"Peão" é uma das músicas do renomado cantor sertanejo Eduardo Costa. Lançada como parte de seu repertório, a canção destaca-se pelas melodias envolventes e letras que retratam a vida no campo e as emoções do cotidiano. Com a voz marcante de Eduardo Costa, "Peão" conquistou os corações dos fãs do gênero sertanejo, consolidando ainda mais sua carreira na música brasileira. A música reflete a autenticidade e a paixão que caracterizam as composições de Eduardo Costa, tornando-se uma favorita nas rádios e eventos sertanejos.
Diga, você me conhece, eu já fui boiadeiro
Conheço essas trilhas, quilômetro, milhas
Que vem e que vão pelo alto sertão
Que agora se chamam não mais de sertão
Mas de terra vendida, civilização
Ventos que arrombam janelas e arrancam porteiras
Espora de prata riscando a fronteira
Selei meu cavalo, matula no fardo
Andando ligeiro e um abraço apertado
Suspiro dobrado, não tem mais sertão
Os caminhos mudam com o tempo
Só o tempo muda um coração
Segue o seu destino, boiadeiro
Que a boiada foi no caminhão
A fogueira à noite, redes no galpão
O paiero, a moda, o mate, a prosa
A saga, a sina, causo e onça
Tem mais não, ô peão
Tempos e vidas cumpridas, pó, poeira, estrada
Estórias contidas nas encruzilhadas
Em noites perdidas no meio do mundo
Mundão cabeludo onde tudo é floresta
Campina silvestre, mundão caba não
Sabe que "prum" bom viajante nada é distante
"Prum bão" companheiro num conto dinheiro
Existe uma vida, uma vida vivida
Sofrida e sentida de vez por inteiro
E esse é o preço "preu" ser brasileiro
Os caminhos mudam com o tempo
Só o tempo muda um coração
Segue o seu destino, boiadeiro
Que a boiada foi no caminhão
A fogueira à noite, redes no galpão
O paiero, a moda, o mate, a prosa
A saga, a sina, causo e onça
Tem mais não, ô peão